Hoje, dia 11 de março, o Santander deu início à colocação no mercado de títulos que garantirão a execução do RenovaBio (programa federal que tem o objetivo de descarbonizar o transporte no país). O apresentado foi operado com a assinatura de contratos com 15 produtores de biocombustíveis para escriturar e custodiar os Créditos de Descarbonização (CBios). O intuito é garantir o cumprimento de metas de emissões de gases de efeito estufa.
Estima-se que, nesse primeira ano, o RenovaBio seja capaz de movimentar US$ 287 milhões, ou mais de R$ 1,3 bilhão, a representar receita adicional aos produtores de biocombustíveis. A estimativa apresentada tem como base a projeção do governo para o preço médio de cada CBio, de US$ 10 e a meta de descarbonização de transportes neste ano.
Ressalta-se que, em 2020, as empresas terão de adquirir 28,7 milhões de CBios, no total. Menciona-se que cada CBio corresponde a 1 tonelada de carbono de emissão evitada com a venda de biocombustíveis, em oposição a combustíveis fósseis. Para 2021, a meta é de 41 milhões. Ainda, a distribuidora que não cumprir sua meta estará sujeita à multa e até suspensão de suas atividades.
A compra do CBios será realizada através de mercado de balcão, sendo registrada pela B3. A escrituração deverá ser feita por instituições financeira a partir dos dados de venda de biocombustíveis. Os dados serão disponibilizados pelos produtores certificados, na Plataforma CBio, do governo.
As informações de volume vendido e nota de eficiência energética serão cruzadas, gerando a quantidade de CBios o produtor poderá vender. O movimento do Santander se insere na estratégia do banco de ampliar seu atendimento ao agronegócio.
As informações foram retiradas de matéria publicada pela Valor Econômico, assinada por Camila Souza Ramos.