A atuação no mercado leva os empresários a questionarem quais medidas podem adotar para fazer sua empresa crescer. O M&A tem sido encarado, por muitos, como uma solução a esse problema. Do inglês, Mergers and Acquisitions, o termo foi traduzido para o português como fusões e aquisições.
1- Fusão: consolidação mútua de duas ou mais empresas que formam uma nova organização, assim, nesse processo, as empresas envolvidas concordam em integrar suas operações em uma nova e única entidade.
2- Aquisição: compra de uma empresa por outra, o que pode ocorrer pela compra dos ativos da adquirida, ou, pela aquisição de mais de 51% do capital social integralizado. Normalmente, a adquirente, nesses casos, é maior em termos de estrutura e operações e, após o processo, assume a empresa adquirida e seus mercados.
Até pouco tempo apontadas como mecanismos restritos a grandes empresas, as operações de M&A podem e devem se aproximar, quando o caso, da realidade de pequenos e médios negócios. Desmistificando o por muito acreditado, a realização de operação dessa natureza não se restringe a situação em que uma das empresas se depara com situação econômica ruim. Pelo contrário, o processo objetiva a ampliação de mercado e, em certos casos, a variação de produtos.
A globalização, a intensificação dos fluxos de investimentos estrangeiros – cada vez mais objetivados –, as privatizações e remoções de barreiras comerciais são fatores que contribuem para um cenário de aumento dessas transações societárias.
Operações que vêm se consolidando, ainda que em um cenário de crise sanitária como o experienciado, os processos de M&A tiveram alta nos últimos anos. Em 2021, as fusões e aquisições atingiram, no país, o maior valor desde 2010 sendo movimentados, ao todo, US$ 66 bilhões (cerca de R$ 344 bilhões).
Com empresas capitalizadas e oportunidades de consolidação em segmentos, o agronegócio registrou um crescimento nas operações de fusão e aquisição em 2020 e nos primeiros meses de 2021. O setor tem atraído, cada vez mais, a atenção de investidores financeiros e vê o crescimento do número de empresas buscando a abertura de capital na bolsa, o que deve aumentar o apetite por novas transações dessa natureza nos próximos anos.
No ano em que eclodiu a crise da Covid-19, foram fechadas 39 operações de M&A no setor. No primeiro trimestre de 2021, por sua vez, foram realizadas 18 transações, ou seja, praticamente metade do verificado no ano anterior com apenas um quarto do tempo. Assim, em 2020, a Pátria Investimentos adquiriu a Central Agrícola (RO), a AgroGalaxy comprou a Boa Vista (MS) e a Nutrien adquiriu a Agrosema Agrícola (SP). No caso de Em 2021, cabe destaque à aquisição da Biosev pela Raízen e ao anúncio da aquisição da Dipagro (MT) pela Syngenta.
Um procedimento de M&A, porém, pode ser complexo e precisa ser bem pensado, assessorado e estruturado. São diversas as etapas a serem cumpridas e os profissionais que pretendem apoiar sua realização precisam estar amplamente preparados, também, para considerar as particularidades do setor.
